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Entrevista com o autor Lucas de Lucca



 

Lucas, primeiramente queremos agradecer por ter nos proporcionado uma viagem incrível ao mudo da imaginação. E por somar com a nossa literatura nacional, você é incrível!

Então vamos as perguntas...


1. Quando percebeu que o seu destino era ser escritor?

❝Não tive um estalo onde percebi, mas sempre digo que quando notei que amava escrever, era tarde demais pra querer outra coisa❞


2. Que obra fez com que você descobrisse a literatura?

❝Os Colegas, da Lygia Bojunga começou, mas a série do Mago Negro foi a que me trouxe pra fantasia.❞


3. O que motiva você como escritor?

❝Meus leitores. Converso com muitos leitores praticamente todos os dias. Trocamos ideias, falamos de outras coisas. É muito bom ter pessoas que gostam de você por perto e ser escritor traz essas pessoas para perto e de todos os lugares.❞


4. Qual é o seu livro e autor favorito? Se inspira nele na escrita dos seus livros?

❝Meu livro preferido até o momento é A Lenda de Ruff Ghanor: O Garoto Cabra, do Leonel Caldela. Me inspiro um pouco na escrita dele, pela simplicidade e fantasia carregada. Também me inspiro muito em Neil Gaiman e Douglas Adams, que é meu predileto.❞


5. Seu principal critério para a escolha de uma leitura é o título, o autor ou o assunto?

❝Primeiro a capa, depois o trabalho completo e daí leio a sinopse. Se um livro foi bem feito, seja independente ou por editora, quer dizer que confiaram na história que está ali dentro para gastar mais dinheiro do que nos demais. O autor pouco me importa, a menos que seja amigo, daí importa.❞


6. Você recebeu muitas críticas destrutivas sobre suas obras? Se sim, como lidou com elas?

❝Recebi poucas críticas assim na minha vida. Construtivas foram muitas e elas guiam meu dia-a-dia. As destrutivas lido como um bom escorpiano, mesmo que não seja muito chegado em signos. Olho bem pra cara do sujeito, pro nome, lembro tudo certinho e não respondo. Em qualquer chance que eu tiver de não convidar essa pessoa para algo eu farei e se alguém pedir minha opinião sobre sou direto. Críticas destrutivas são feitas para destruir, não para melhorar alguém. Se você é baixo o suficiente para magoar alguém com esperança de que ela pare você deve estar morrendo de medo dela, mas não merece pena. Mas sou fofo mesmo com esses.❞


7. De onde vêm os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?

❝Muitos personagens meus tem traços de pessoas reais. Faço isso de propósito ou não, varia. Basear em um ser humano dá mais verdade pro personagem, principalmente por eu não ter tanto tempo de vida, de experimentação, o que certamente limitaria minha criação crível. Ainda bem que uso pessoas e mudo a raça e nome delas.❞


8. Além de escrever, o que mais faz?

❝Tudo que faço envolve escrever algo, em algum lugar para ser lido por alguém. Além dos livros sou editor e produtor editorial na Editora Flyve, a editora que fundei e coordeno. Também sou produtor cultural, trabalho em projetos que buscam leis de incentivo para se tornar realidade.❞


9. Você imagina um leitor ideal para seus livros?

❝Não mesmo. Isso é até um problema. Sou uma pessoa bem em cima do muro com tudo, a menos que seja idiotice ou maldade escolher um dos lados. Por ser tão eclético acabo escrevendo para todo tipo de gente nas mesmas obras. Já ouvi elogios de fãs de chicklit que não curtiam fantasia, e também de leitores de fantasia fanáticos.❞


10. Sobre a Trilogia das Plumas “O Corvo Negro”. De onde surgiu a ideia para a história?

❝A primeira versão do Corvo foi escrita em uma praia, há muito tempo. Escrevi umas 60 páginas em um bloquinho de notas, daqueles de empresa. Essa versão tinha muitas referências à Skyrim. Quando fui reescrever acabei mudando tudo porque os personagens criaram vida. Eles criaram a história, não eu. As referências são óbvias, desde Game of Thrones até Pokémon, mas na história não sei dizer.❞


11. Com que personagem se identifica mais?

❝Muita gente, mesmo, fala que lembram de mim quando leem o Ukel, que é o principal. Faz sentido por alguns lados, mas garanto para vocês que nunca matei ninguém e nem frequento prostíbulos.❞


12. O que foi mais difícil, escrever a primeira ou a última frase?

❝Os finais são muito difíceis. Primeiro porque tem que ser bons, factíveis, o que é complicado. Segundo porque é um adeus. Mas eu odeio meus começos, por isso respondo que foi a primeira.❞


13. O que podemos esperar do próximo livro da Trilogia das Plumas?

❝O primeiro livro tem foco no Ukel, em seu crescimento e mostra para o leitor o seu lado mais frio, psicológico até. O segundo livro vai mostrar o mundo. Novos lugares, pessoas, monstros dos mais diversos. Por isso que estou trabalhando junto a uma equipe muito competente para montar mapas e ilustrações especiais para a edição especial. Depois que fizer o catarse da nova edição do livro 1 vou me dedicar apenas a publicar o livro 2, que já está escrito.❞


(Aguardamos ansiosamente haha)


14. Você poderia recomendar três livros aos seus leitores, destacando o que mais gosta em cada um deles?

❝Vou recomendar primeiro a trilogia de cinco livros O Guia do Milheiro das Galáxias, de Douglas Adams. Essa série deve ser lida por toda a humanidade, principalmente em um período horrível como é esse que estamos vivendo. Amo a vida, não me entenda mal, mas o ódio está mais forte que o amor. Os livros nos mostram perspectiva, perceber nosso lugar no universo, a importância. Além disso é uma comédia nonsense excelente.

O segundo livro é o A Bandeira do Elefante e da Arara, escrito por um gringo, o Christopher Kastensmidt, mas publicado no Brasil, então conta como nacional. Ou não, mas eu considero o Chris um brasileiro. Essa obra do Christopher me fez sentir em um ambiente de RPG de mesa em vários momentos. Os arcos lembravam campanhas, as descrições traziam sensações reais e o universo criado por ele, ficcionado em cima do folclore brasileiro, é crível. Não é por menos que o livro de RPG do A Bandeira esgotou em tão pouco tempo.

A terceira obra que vou indicar é de um amigo também, o Luiz Henrique Batista. O título do primeiro volume é Os Doze Guardiões da Luz e é um livro que traz os 12 signos do zodíaco como personagens centrais. É uma delícia acompanhar o livro dele, sério. Encontrar o seu signo então é ainda mais sensacional.

Tenho um monte de livros aqui que gostaria de indicar, porque sei que são incríveis, mas ainda não li. Obras de amigos e amigas queridas como a Letícia P.S., o Gabriel Cunha (que só não indico porque não lançou ainda), Gabriel Tennyson, Felipe Castilho, Ian Fraser e outros. Vale muito a pena conhecer o trabalho de cada um, mesmo porque todos têm histórias únicas e gigantes.❞


15. Quando olha para trás sua maior satisfação é poder dizer...

❝Quando chegou a hora eu sempre caminhei pra frente, mesmo olhando para trás, com medo de uma espetada.❞


❝Valeu pela entrevista. Foi muito gostoso responder as perguntas e desejo o dobro de sucesso pra vocês <3❞


Obrigada Lucas!

Adoramos conhecer mais de você e do seu trabalho. Me inspirei e me diverti com as respostas. Espero que continue assim e que em breve converse com a gente novamente sobre seu próximo lançamento, o livro II da Trilogia das Plumas.


 

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